Toda mudança implica uma quebra de rotina e isso pode ser assustador para muita gente. É confortador e tranquilizador para essas pessoas saberem exatamente o que farão todos os dias ou como irão agir/reagir em determinadas e frequentes situações.
Elas estão há muito tempo condicionadas a se comportar de maneiras pré-estabelecidas porque já experimentaram essas maneiras e constataram que dão certo – ou que pelo menos não dão errado. Assim, está assegurado aquilo que elas consideram estabilidade, paz e segurança. Logo, para que arriscar fazendo diferente ou permitindo que outras pessoas mudem o padrão já conhecido e definido? E se der errado?
Muitas vezes, esse temor a mudanças ultrapassa as fronteiras da lei do menor esforço e da comodidade e tem suas raízes profundamente plantadas em inseguranças emocionais e até existenciais. Nestes casos, observa-se que o rígido apego a determinados padrões de conduta vai além de hábitos e procedimentos rotineiros do trabalho e chega mesmo a caracterizar toda uma história de vida, toda uma existência.
Acredito que a necessidade de periodicamente rever hábitos, crenças, paradigmas e até alguns valores é inevitável numa sociedade que nos surpreende com constantes e rápidas transformações.
Mas a vida é feita de escolhas e a decisão de mudar ou não é uma dessas escolhas, certamente uma das mais importantes. Ela poderá fazer toda a diferença entre a estagnação e o desenvolvimento, entre ser ultrapassado ou estar na frente.
Se por um lado as mudanças podem trazer riscos, imprevistos e desconfortos podem trazer renovações, novas perspectivas e descobertas gratificantes.
Contudo, não há como saber do resultado se não for dado o primeiro passo em direção à incerteza.
Uma coisa não se pode negar: é imensamente preferível você tomar as decisões de mudanças sobre sua vida e seu trabalho do que outras pessoas o fazerem por você. Aí sua autonomia vai pro brejo…
Este artigo foi escrito por:
Floriano Serra escreveu 9 artigos em Ramadinha & Cia Treinamento.
Floriano Serra é psicólogo, escritor, palestrante, facilitador de seminários comportamentais e autor de vários livros e inúmeros artigos sobre o comportamento humano pessoal e profissional. Foi diretor de RH e Qualidade de Vida da Apsen Farmacêutica, eleita na sua gestão, por 5 anos consecutivos, “uma das melhores empresas para trabalhar” de 2004 a 2008. É diretor executivo da Somma4 Gestão de Pessoas.
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